Alguns cuidados que se deve ter quando filmar em super-8
Procure saber se a câmera está em boas condições de uso, se não tem fungo nas lentes e se o motor roda e consegue puxar o filme.
Um teste bastante simples é apontar a câmera para uma fonte luminosa e acionar o motor. Observando através da janela por onde passa o filme é possível ver a claridade a medida que o obturador estiver abrindo e fechando rapidamente.
Muitos modelos de câmeras possuem fotômetro automático, mas é preciso ter cuidado para saber se a exposição automática está funcionando adequadamente. Certifique-se que a exposição automática faz o ajuste do diafragma correspondente à sensibilidade ASA do filme que estiver usando, pois muitas câmeras só aceitam duas sensibilidades que não estão mais disponíveis no mercado: os filmes 40 ASA e 160 ASA.
Antes de carregar o filme na câmera é recomendável dar algumas batidas no cartucho contra a palma da mão e tentar girar o filme para evitar que esteja travado.
Preste atenção no ASA do filme escolhido. As opções aceitas pelo “Curta 8” para a competitiva de Tomada Única são: o filme preto e branco Kodak Tri-x que possui 200ASA em luz do dia e 80 ASA se utilizado com iluminação de tungstênio. Já o filme colorido é o Kodak Ektachrome 100D que possui 100ASA em luz do dia, mas se for utilizar luz de tungstênio requer uso de um filtro de conversão Nº80, o que baixa a sensibilidade para 25ASA. Se preferir não utilizar o filtro as cores do filme serão distorcidas deixando a imagem avermelhada. Muitas câmeras possuem um filtro amarelo nº85, para conversão de cor em filmes tipo tungstênio quando exposto a luz do dia. Certifique-se que o filtro não esteja acionado a menos que queira utilizá-lo.
É importante lembrar que ao utilizar um filme super-8 positivo, este tem uma latitude bastante reduzida, ou seja, a quantidade de tons entre o branco absoluto e preto absoluto não é maior que cinco stops. Deve-se trabalhar com uma margem de erro usando não mais que 1,5 stop para mais ou para menos ao trabalhar com sombras ou buscar contraste. Quando o cartucho terminar deve aparecer uma ponta com a palavra “Exposed”.
Fazendo um tomada única
O filme tomada única precisa ser filmado em um único cartucho, para isso os cortes, se houverem, precisam ser feitos no gatilho da câmera, ou seja, sem edição posterior. Alguns modelos de câmera permitem fazer transições, mas a maioria não tem essa possibilidade. Também é possível realizar o filme em plano-sequência. Algumas câmeras ainda permitem a execução quadro-a-quadro – o que possibilita produzir animações em stop-motion.
Preste atenção na duração do filme. O cartucho de super-8 possui 50 pés (15 m) isso permite filmar 3 minutos e 15 segundos “aproximadamente” se a velocidade da câmera estiver ajustada para 18 fps (frames por segundo), que corresponde a menor velocidade do super-8. A 24 fps o tempo filmado é de mais ou menos 2 minutos e 40 segundos. Uma opção pode ser filmar em velocidades maiores para depois ser projetado a 18fps, o que resultará em uma câmera lenta.
O realizador deve sempre conferir com muito cuidado a iluminação e os ajustes de abertura e foco. Dê preferência para fazer o foco utilizando uma trena, ou procure se informar sobre como ajustar corretamente a dioptria do visor. Também é aconselhavel medir a luz com um fotômetro manual – uma alternativa para isso é usar uma câmera fotográfica com fotômetro embutido; se estiver na dúvida sobre a exposição é preferível abrir mais o diafragma ou aumentar um pouco a luz do que deixar sub-exposto. Para realizadores com pouca experiência com super-8, recomenda-se gravar o filme com locações externas, a luz do dia.
Um bom conselho para a produção da trilha sonora, sem saber o resultado final do filme, é utilizar uma filmadora digital paralelamente às filmagens com a câmera de super-8. Filme com sobras iniciais e finais em cada plano da digital, pois assim é possível ouvir o som do motor da câmera de super-8 quando estiver rodando, permitindo-se saber exatamente quanto tempo tem cada cena que fizer na película para que possa pensar com cuidado na composição da trilha sonora. É possível planejar os diálogos, se houver, a fim de sequenciar as dublagens que poderão ser executadas ao vivo durante o festival, dando vida ao filme diante dos olhos do público. Os que preferirem podem simplesmente montar uma trilha musical que será executada em um CD player, tocado junto ao início da primeira cena.
A few things you should have in mind while shooting in super-8
Your camera should be in good working conditions. There should be no fungus attached to the lens. The engine must be running properly in order to pull the film.
A quite simple test consists of pointing your camera towards a light source and setting the engine running. Watching through the peephole through which the film can be seen it is possible to observe the luminosity as the shutter quickly opens and closes.
Many models of cameras have automatic photometers, but you should notice whether the automatic exposure is functioning properly. Make sure that the automatic exposure adjusts the diaphragm connected to ASA sensitivity of the film that you are employing, since many cameras will only work with two levels of sensitivity that are no longer available in the market: 40 ASA and 160 ASA films.
Before loading the film in the camera it is recommended that you give the cartridge a few taps with the palm of your hand and try to turn the movie so as to make sure it is locked.
Pay attention to the chosen film’s ASA. The options accepted for the Single Take competition by the Short 8 are: the B&W film Kodak Tri-x, which provides 200ASA in the light of day and 80 ASA when used along tungsten illumination, and, as for the color film, Kodak Ektachrome 100D, which provides 100ASA in the light of day, but requires a conversion filter no. 80 when used along tungsten lighting, which will lower the sensibility to 25ASA. If you prefer not to use the filter, the colors will get distorted and the image will acquire a reddish tonality. Many cameras have a yellow filter no. 85, which will convert the color in tungsten-type films when they get exposed to the light of day. Make sure that the filter is not activated unless you want to use it.
It is important to remember that upon using a positive super 8 film it will have a quite reduced latitude – that is, the amount of color tones between the absolute white and the absolute dark is not bigger than five stops. You must then work with an error margin of no more than 1,5 stops up or down the scale when working and shadows or looking for contrast. Whenever the cartridge gets to its end there should appear a tip with the word “exposed” written on it.
Making a Single Take Film
The single take movie needs to be shot in one cartridge only. In order to do that the cuts, if there be any, need to be done upon the trigger of the camera itself – that is, there’s no posterior editing. A few models of camera allow the director to make transitions between takes, but most of them do not offer that possibility. It is possible to make a movie in a single long take. Finally, a few cameras allow a frame-to-frame execution – which makes it possible to produce animated movies in stop-motion technique.
Pay attention to the length of the film. The super 8 cartridge has 50 feet (15 m), which allows shooting approximately 3 minutes and 15 seconds if the velocity of the camera is set to 18 fps (frames per second). This value corresponds to the slowest possible speed of super-8. At 24 fps you can shoot approximately 2 minutes and 40 seconds. To shoot in greater velocities and then screen in a rate of 18fps will cause a slow motion effect to be produced, which may be a valid option.
The director must always check very carefully the lighting and settings of the opening and focus. Try to adjust the focus by using a measuring tape, or else try to find information on how to correctly adjust the visor dioptry. It is also recommendable to measure light with a manual photometer – you can do that by using a photographic camera that possesses a photometer. If you are in doubt about the exposure, I’ll say that opening the diaphragm further or increasing light is preferable to letting the film get sub-exposed. For directors with little experience with super-8, it is recommendable to shoot the movie in external locations, and by daylight.
A good advice for the production of the soundtrack without knowing the final result of the shooting is to use a digital camera during the recording process alongside the super-8 camera. Shoot it leaving additional room in the beginning and end of each scene, so that by listening to the camera engine sounds it will be possible to know exactly how long each scene will have on the film, making it easier to think about the composing process of the soundtrack. It is possible to plan the dialogues, if there be any, in order to outsketch the lip synch to be done live during the festival, making the movie look livelier to the eyes of the audience. However, those who will prefer to do otherwise may simply compose a soundtrack to be played from a CD, beginning at the beginning of the first scene.
Algunos cuidados que uno debe tener cuando filma en super-8
Procura saber si la cámara está en buenas condiciones de uso, si no tiene hongos en las lentes y si el motor rueda y puede tirar la película.
Una prueba muy simple es apuntar la cámara hacia una fuente de luz y activar el motor. Mirando a través de la ventana por donde pasa la película se puede ver la luz, a medida que el obturador abre y cierra rápidamente.
Muchos modelos de cámaras tienen un fotómetro automático, pero ten cuidado en cuanto a si la exposición automática está funcionando adecuadamente o no. Asegúrate de que la exposición automática hace el ajuste del diafragma correspondiente a la sensibilidad ASA de la película que esta usando, ya que muchas cámaras sólo aceptan dos sensibilidades y no están disponibles en el mercado: las películas 40 ASA y 160 ASA.
Antes de cargar la película en la cámara se recomienda dar algunos golpes en el carrete contra la palma de su mano y intentar girar la película para evitar que esté bloqueada.
Presta atención a la ASA de la película elegida. Las opciones aceptadas por el “Corta 8” para la muestra competitiva de Toma Única serán: la película en blanco y negro Kodak Tri-X que tiene 200 ASA en la luz del día y 80 ASA cuando utilizada con iluminación de tungsteno.
La película en color es Kodak Ektachrome 100D que tiene 100 ASA en la luz del día, pero si utiliza luz de tungsteno requiere el uso de un filtro de conversión N º 80, lo que disminuye la sensibilidad a 25ASA. Si prefieres no usar el filtro, se distorsionarán los colores de la película, dejando la imagen rojiza. Muchas cámaras tienen un filtro amarillo nº 85 para conversión de color en películas tipo tungsteno cuando expuestas a la luz del día. Asegúrate de que el filtro no se activa a menos que desees utilizarlo.
Es importante recordar que al utilizar una película super-8 positiva, esta tiene una latitud muy baja, es decir, la cantidad de tonos entre el blanco absoluto y el negro absoluto no es superior a cinco stops. Se debe trabajar con un margen de error usando no más que 1,5 stop para más o menos al trabajar con sombras o buscar contraste. Cuando el carrete termine debe surgir una punta con la palabra “Exposed”.
Haciendo una toma única
La película en toma única debe ser rodada en un solo carrete, por lo que los cortes, que sí los hay, deben hacerse en el gatillo de la cámara, es decir, sin edición posterior.
Algunos modelos de cámaras permiten hacer las transiciones, pero la mayoría no ofrece esa posibilidad. También se puede hacer la película en plano secuencia. Algunas cámaras permiten aún la ejecución cuadro a cuadro – lo que posibilita producir animaciones en stop-motion.
Presta atención en la duración de la película. El carrete de super-8 tiene 50 pies (15m), lo que permite rodar 3 minutos y 15 segundos “aproximadamente”, si la velocidad de la cámara está ajustada para 18 fps (frames por segundo), lo que corresponde a la menor velocidad del super-8. A 24 fps, el tiempo rodado es de, más o menos, 2 minutos y 40 segundos. Una opción es filmar en velocidades superiores para después proyectarse a 18 fps, lo que resultará en una cámara lenta.
El director debe siempre comprobar con mucha atención la iluminación y los ajustes de apertura y enfoque. Para enfocar, utiliza una cinta métrica, o averigua acerca de cómo establecer correctamente la dioptría del visor. Es igualmente recomendable medir la luz con un fotómetro manual. Una alternativa a esto es usar una cámara fotográfica con fotómetro incorporado; en caso de duda acerca de la exposición es preferible abrir más el diafragma o aumentar un poco la luz que dejarla subexpuesta. Para directores con poca experiencia con super-8, se recomienda rodar la película en lugares externos, a la luz del día.
Un buen consejo para la producción de banda sonora, sin saber el resultado final de la película, es usar una cámara de video digital filmando durante el rodaje con la cámara de super-8. Filme con residuos iniciales y finales en cada escena, es posible oír el sonido del motor de la cámara de super-8 cuando está rodando, por lo que es más fácil saber exactamente cuánto tiempo tiene cada escena grabada en la película y se puede pensar detenidamente la manera de componer la banda sonora. Se puede planificar los diálogos, si los hay, a fin de dar secuencia a los doblajes que podrán ser ejecutados en directo durante el festival, dando vida a la película ante los ojos del público. Quienes prefieran, pueden apenas montar una banda sonora que se ejecutará en un reproductor de CD, tocado en el comienzo de la primera escena.